• O massacre que aconteceu no Pinheirinho,
neste domingo, dia 22, é de responsabilidade total do governador Geraldo
Alckmin. Toda a criminosa decisão foi tomada diretamente pelo
governador do PSDB. A ação foi claramente um absurdo jurídico, pois
passou por cima da orientação do Tribunal de Justiça Federal que, na
última sexta-feira, mandou suspender a desocupação. Mesmo assim, o
governo do PSDB jogou a tropa de choque da Polícia Militar para expulsar
brutalmente os trabalhadores pobres do Pinheirinho de suas casas.
A prefeitura e o governo do estado se aproveitaram da trégua determinada
pela justiça federal para atacar o movimento de surpresa num domingo
pela manhã. A invasão ocorreu por volta das 6h da manhã, com
helicópteros, blindados, armas de fogo, bombas de gás e pimenta e, no
mínimo, 2 mil homens vindos de 33 municípios.
Para o prefeito Cury os pobres não podem morar no Pinheirinho porque a
ocupação, que ocorreu há mais de oito anos, fica próxima a bairros de
privilegiados da cidade. O PSDB odeia os pobres e protege os ricos!
A prefeitura do PSDB, o governo Alckmin e a PM querem evitar ao máximo a
divulgação do número de vítima da desocupação. Querem passar a imagem
de uma reintegração “tranquila”. No entanto, o que ocorreu no
Pinheirinho foi um massacre apoiado por um gigantesco aparato de
segurança, que passou por cima de tudo, até de um mandato judicial
federal.
Durante a ação, muitos moradores exibiam seus ferimentos causados pelos
disparos de bala de borracha. Há inúmeros relatos de agressão policial
contra idosos, mulheres e até deficientes físicos. A polícia reprimiu
os moradores de forma indiscriminada. Inúmeras mães denunciam que foram
impedidas pela polícia de pegar os próprios filhos dentro da ocupação. “A gente está aqui é para o ver o bagulho ficar louco” , respondeu um soldados aos apelos de uma das mães”.
Dentro das tendas montadas pela prefeitura para abrigar os moradores, a
Guarda Civil reprimiu com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha
os moradores, boa parte deles mulheres e crianças, que estavam no
local.
A ação militar lembrou a típica política dos governos do PSDB que,
diante de graves problemas sociais, jogam suas tropas para massacrar o
povo pobre e trabalhador. Foi assim, durante o governo FHC, na ocasião
do massacre dos trabalhadores sem terras, em Eldorado dos Carajás (PA),
quando 19 trabalhadores rurais morreram. Também foi assim no o massacre
de Corumbiara, quando 12 camponeses foram assassinados.
A velha política do PSDB se repete no Pinheirinho e agora o sangue
escorre das mãos de Geraldo Alckmin. O prefeito Eduardo Cury, também do
PSDB, é responsável por sua negligência criminosa desde o início e
recusa em negociar inclusive com o governo federal. A juíza Márcia
Loureiro também é responsável, pois foi quem ordenou diretamente o
massacre e manteve uma intransigência cruel.
Neste momento, é fundamental que o governo federal da presidente Dilma
Rousseff se manifeste e intervenha no conflito. Exigimos do governo
federal desaproprie o terreno do bandido Naji Nahas para que as famílias
pobres do Pinheirinho possam continuar morando em suas casas. O terreno
deve ser dos dos trabalhadores e não de um criminosos condenado por
corrupção e lavagem de dinheiro!
Também apelamos para a solidariedade aos moradores do Pinheirinho, que
precisam de todo o apoio de todos e todas, sejam ativistas,
personalidades, políticos ou artistas. Por isso, apelamos para que as
organizações dos trabalhadores convoquem atos e protestos de ruas, em
todas as cidades do país, para denunciar o massacre de Geraldo Alckmin.
Vamos ocupar a praças e realizar protestos contra a ação criminosa do
PSDB.
É preciso intensificar as ações de solidariedade em todo o país. O governo do PSDB deve pagar pelo seu crime!


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